domingo, 6 de janeiro de 2013

Conheça os setores que devem gerar mais empregos este ano

Boas perspectivas se avizinham para 2013. Ao menos no que diz respeito à criação de vagas e ao aquecimento de alguns setores do mercado de trabalho. Construção civil, indústria criativa, petróleo e gás e indústria naval são as quatro áreas que mais devem crescer, dizem especialistas, gerando o maior número de oportunidades. Mas há segmentos que podem surpreender, como os de shopping centers, farmacêutico, hotelaria e mercado financeiro. — O ano de 2012 não foi bom em termos econômicos, com muitas incertezas, o que trouxe reflexos para o mercado de trabalho. Não chegou a haver um quadro de demissões, mas de desaceleração das contratações. Em 2013, a tendência é de melhora desse cenário — acredita o gerente de Estudos Econômicos do Sistema Firjan, Guilherme Mercês. A construção civil, único setor que contratou mais em 2012 do que em 2011, segundo Mercês, seguirá como um dos mais fortalecidos este ano. — É uma profissão demandada horizontalmente por todos os setores — acrescenta Mercês. Inclusive pelo segmento de óleo e gás, que representa 35% do faturamento da Asap, consultoria de recrutamento e seleção de executivos. — A curva de crescimento positiva não é apenas para grandes operadoras, mas para prestadoras de serviços de toda a cadeia também, o que aumenta possibilidades de vagas — destaca Rafael Meneses, diretor regional da Asap. De acordo com pesquisa da Firjan, quase 74% das empresas têm intenção de criar vagas no ramo de engenharia, enquanto novas oportunidades também são esperadas nos segmentos de produção (73%); gestão de qualidade (71,8%); projetos (71,3%); pesquisa e desenvolvimento (65%); segurança e saúde ocupacional (60%); meio ambiente (59%) e manutenção (58%). A hotelaria, uma área cujo crescimento vem sendo esperado desde o anúncio dos grandes eventos esportivos, deve começar a criar mais vagas a partir deste ano. — A hotelaria chegou de uma vez por todas. A movimentação de executivos, inclusive, já está sendo bem intensa. Mas faltam profissionais qualificados, o que acaba provocando uma evasão de executivos vindos de áreas como hospitais e shopping centers — diz Meneses, que aposta também na expansão deste último setor. — Os shopping centers são um segmento menos óbvio, mas cujo crescimento está ligado ao aumento de poder de consumo da população. Em todo o país, ainda vão abrir muitas vagas. Outra área que vai se destacar é a indústria criativa, que engloba setores que têm sua origem em criatividade aliada a perícia e talento individuais, com potencial para gerar lucro e empregos. Dentro dela, os subsetores que mais devem precisar de mão de obra são tecnologia da informação, com destaque para a produção de softwares, arquitetura, design e publicidade. Principalmente no Rio de Janeiro, considerado o maior polo da indústria criativa do Brasil, segundo o gerente de Estudos Econômicos do Sistema Firjan, Guilherme Mercês. Segundo estudo da Michael Page, uma das maiores empresas mundiais de recrutamento, a maior oferta de vagas de nível gerencial no Rio será para os seguintes cargos: gerente de treinamento e desenvolvimento, gerente de infraestrutura de TI, diretor/gerente de obras, gerente de operações e gerente de fábricas — com salários que variam de R$ 8 mil a R$ 40 mil. — Este ano não será de grandes investimentos, mas de consolidação do crescimento. É a hora de entregar, por isso será importante, por exemplo, treinar e desenvolver profissionais — ressalta Marcelo Cuellar, gerente da Michael Page no Rio de Janeiro. De acordo com a consultoria, o gerente de operações será necessário porque o Rio voltou a ser um importante player logístico, já a demanda por gerentes de fábricas se explica em função do retorno dos investimentos em novas fábricas, entre elas P&G, Nissan, Hyundai, Rolls Royce, Ruhr Pumpen. Já os gerentes e os diretores de obras serão convocados para trabalhar nos lançamentos dos últimos dois anos, que começam a entrar em fase de construção. — De 2011 para 2012 houve, sem dúvida, um otimismo exacerbado. Mas há otimismo para 2013. As empresas dizem que vão manter o crescimento ou crescer. Ninguém diz que não vai crescer — diz Cuellar. Já a área de novas mídias, que criou mercado para profissionais de jornalismo, publicidade e marketing, deve se estabilizar após o boom dos últimos anos. Ainda assim, os especialistas preveem abertura de vagas para atuar no setor, tanto para dentro das organizações como para agências especializadas. Fernando Mantovani, diretor-geral da consultoria Robert Half no Brasil, enxerga que uma tendência que deve se fortalecer em 2013 é a contratação de profissionais temporários para execução de projetos em vários setores. — Esse movimento já é bem forte fora do Brasil. Além do amadurecimento das empresas brasileiras, a grande quantidade de multinacionais acostumadas a fazer este tipo de contratação fora daqui tem contribuído para disseminar o trabalho temporário de profissionais de média e alta gerência — conclui Mantovani. FONTE: O Globo FOTO: Arte Arquivo O Globo

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