O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF) está ofertando mais de 600 bolsas de extensão com o objetivo de estimular o desempenho de jovens estudantes, auxiliando-os em suas formações nos cursos técnicos do Instituto. A iniciativa se dá através de um programa de convênio assinado com a Petrobras, que proverá R$ 350 para cada um dos alunos selecionados. Dos 38 institutos federais do Brasil, apenas o IFF e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) foram contemplados.
Para o diretor geral do IFF Macaé, professor Marcelo Fagundes Felix, esse convênio tem uma missão que vai além de conceder recursos para que o jovem se mantenha estudando. “É extraordinário, pois no ensino médio no Brasil, isso não tem, nunca teve. Existem bolsas para a iniciação científica, nas universidades, em nível superior, mas não nesse âmbito”, afirmou o diretor.
O critério sócio-econômico levado em conta na avaliação também foi destacado por Marcelo: “A questão do mérito da manutenção da bolsa em função do desempenho é importante, entretanto não é só isso. Tem a missão também de fazer o estudante se relacionar com o mercado do petróleo desde cedo”.
Macaé, Campos-Centro e Campos-Guarus são os campi do IFF atendidos pelo convênio educacional, que visa também reduzir a evasão escolar e despertar o interesse de mão-de-obra técnica para o setor de petróleo, gás, energia e biocombustíveis.
Segundo o diretor, a questão do pré-sal no Brasil vai colocar o país em outro patamar. “Vamos observar num espaço de 5, 10, 15 anos, uma mudança substancial. A equipe da Petrobras está muito animada porque eles têm clareza de que precisam estar desde muito cedo em contato com o estudante, porque o segmento que a Petrobras atua não é petróleo, é energia. E tem que olhar para isso como um segmento muito mais amplo, no qual o apoio ao petróleo tem uma cadeia produtiva imensa e é preciso trabalhar a área de ensino para que os jovens possam ter uma perspectiva neste mercado”, disse Marcelo.
Os interessados poderão se inscrever até o dia 12 de fevereiro, sendo que o atendimento no campus Macaé será de terça à quinta-feira, das 9h às 13h e das 14h às 17h. Nos campi Campos-Centro e Campos-Guarus será de segunda à sexta-feira, das 13h às 18h e das 11h às 18h, respectivamente.
Em Macaé, podem se inscrever alunos do segundo ano dos cursos de Eletrônica, Eletromecânica, Automação, e Eletrônica e Automação do curso integrado. Nos demais campi, os alunos dos cursos de Automação Industrial (Módulos II e III), Eletrotécnica (Módulos II e III), Eletrotécnica - alunos do PROEJA (terceiro ano), Química (Módulos II e III) e Mecânica (Módulos II e III) do Campos-Centro, além dos alunos do Campos-Guarus que estejam cursando o segundo e terceiro ano dos cursos de Eletrônica Naval e Meio Ambiente, inclusive alunos do PROEJA.
Os novos campi, Cabo Frio, Itaperuna e Quissamã, ainda não foram incluídos no convênio porque não existiam na época do início das negociações com a Petrobras. Segundo informações divulgadas pelo Instituto, uma nova discussão será aberta para que estes locais também sejam atendidos pelo programa.
No ato da inscrição, o candidato deverá preencher um questionário sócio-econômico e, em seguida, comprovar os dados respondidos. O estudante que já recebe outro tipo de bolsa do Instituto como benefício, de sistema público ou de demais órgãos não poderá acumular bolsas, caso seja aprovado neste processo seletivo. O resultado da seleção está previsto para ser divulgado no dia 5 de março e o início das aulas programado para o dia 8 do mesmo mês.
SERVIÇO:
Instituto Federal Fluminense (IFF) Macaé
www.iff.edu.br
TEXTO E FOTO: Jornalista Louiseanne Parreira
FONTE: JORNAL O DEBATE
LEGENDA DA FOTO: Diretor Geral do IFF Macaé, professor Marcelo Fagundes Felix, destaca a importância do convênio entre as instituições.
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