sábado, 22 de agosto de 2009

Mercado petrolífero: A meta é qualificar 285 mil pessoas em cinco anos


As dificuldades técnicas e políticas de se concluir e aprovar os três projetos do marco regulatório da exploração do petróleo da camada do pré-sal não são os únicos obstáculos à transformação do Brasil em grande produtor mundial. Segundo reportagem publicada recentemente no jornal ‘O Globo’, governo, Petrobras e demais empresas de setor estão correndo contra o tempo para tentar resolver um grande problema que pode surgir nos próximos anos: a falta de mão de obra técnica no mercado do pré-sal.
Para Gustavo Ribeiro, Head da Divisão de Óleo e Gás da Michael Page, empresa de recrutamento especializado de executivos para média e alta gerência, as empresas estão procurando cada vez mais profissionais qualificados e que os mesmos estão se capacitando cada vez melhor.
“Atualmente, se você perguntar a grande maioria dos profissionais recém-formados na área técnica, aproximadamente 70% busca ingressar neste mercado de petróleo. Este movimento vem acontecendo principalmente pela carência de mão-de-obra especializada, possibilidade de experiência internacional, além da remuneração acima da média do mercado”, afirmou Gustavo com exclusividade ao Site Nicomex Notícias.
Entre 2006 e 2011 estima-se que o setor petrolífero movimente sozinho 50 bilhões de dólares só no Brasil. Este mercado tem oferecido 100 mil empregos, diretos e indiretos, por ano. Para o estudante de Engenharia Mecânica da PUC-Rio, Diogo Cartier, o cenário nacional de mercado de trabalho no setor petrolífero mudará bastante nos próximos anos. “Com a descoberta do pré-sal irão ser iniciados novos projetos, as empresas fecharam mais contratos, com isso o mercado vai demandar uma mão de obra muito grande, logo serão dadas muitas oportunidades aos profissionais que querem ingressar e aqueles que querem mudar para o setor petrolífero” – destacou o estudante.
Segundo o engenheiro metalúrgico, que possui mais de 30 anos de experiência em todos os tipos de solda, Julio Bauly, os profissionais interessados no setor precisam ter o objetivo de se qualificar sempre. “É preciso melhorar os níveis educacionais, de tal forma que tenhamos profissionais com melhores pré-requisitos. Despertar na formação de profissionais o desenvolvimento tecnológico, estimular as empresas a investir em desenvolvimento técnico de processos e materiais buscando um aumento de produtividade e qualidade”, afirmou o Bauly ao Site Nicomex Notícias.
Estimativas do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Promimp) apostam que a demanda por trabalhadores especializados continuará em ritmo crescente e será preciso qualificar 285 mil pessoas nos próximos cinco anos. Para contornar esta situação detectada pelos entrevistados pesquisados, estão sendo destinados R$ 14,1 milhões, só este ano, para cursos de qualificação de pessoal de construção civil em nove estados. Serão 18.120 vagas em todo o país. O maior número de trabalhadores a serem qualificados será no Rio, onde se constrói o Comperj.

FONTE: Nicomex Notícias

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