quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

SC: Precisamos ouvir mais os cientistas e ambientalistas

Jornalista: MIRIAM LEITÃO (Programa Bom dia Brasil)

Impossível não ficar sensibilizado com o que está acontecendo em Santa Catarina. A natureza virou e está contra o homem. Mudou o clima, mudou o tempo, mudou tudo.
O presidente Lula admitiu que é a pior tragédia ambiental do governo dele, mas agora é a hora de recolher as vítimas, resgatar as pessoas em perigo, acudir as emergências e reduzir os impactos econômicos.
A gente tem que aprender com essa lição, porque os cientistas estão dizendo que esses eventos extremos, como secas, enchentes e ciclones, vão ficar daqui para diante mais freqüentes e mais fortes. Por isso, os governos têm que se preparar para isso, assim como os prefeitos, os administradores públicos, o presidente, todo mundo. Para isso, é preciso rever os planejamentos urbanos, e as encostas precisam ser reforçadas.
A orientação que está se dando em relação à mudança climática, hoje, é que a Defesa Civil seja reforçada em todos os países e em todas as cidades.
O século 21 vai ser marcado pelos grandes desastres naturais. Tem duas coisas que os ambientalistas e as pessoas podem fazer para evitar essas catástrofes. Primeiro, é preciso preparar a parte urbanística na ocupação do solo da cidade. Tem muita coisa para ser feita, para evitar que essas coisas aconteçam.
Além disso, é preciso lutar contra a mudança climática. Já está provado que o que acontece na Amazônia reflete no sul e no sudeste do país. O desmatamento pode provocar secas e eventos como esse. Então, é preciso ouvir os cientistas agora, os climatologistas, os ambientalistas, porque o século 21 vai ser assim. Pode-se lutar contra isso, mas parte do estrago já foi feita.
Em todo verão, quando as chuvas vêm, há ocupação das encostas. Existe um Ministério das Cidades, existem as prefeituras. O que, de imediato, poderia ser feito para conscientizar a população a não construir em encostas?
Temos que ter essa visão integrada de que não é um evento isolado. Isso pode se repetir. Esse é o recado mais importante: isso pode se repetir e vai se repetir. É preciso, portanto, proteger as cidades, os países. Esse é o ponto principal em mente.

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